Paraná está entre os estados mais perigosos
O número de assassinatos à trans aumentou em relação a 2023. O Brasil ainda é o país que mais registra crimes contra a vida de pessoas trans pelo 15º ano consecutivo. O relatório anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) divulgou que 145 pessoas foram assassinadas em 2023, um aumento de 10,7% comparado a 2022. Do total, foram 136 assassinatos de travestis e mulheres trans/transexuais e 9 de homens trans e pessoas transmasculinas.
Os estados com maior número de homicídios são: São Paulo (19), Rio de Janeiro (16), Ceará(12), Panará (12) e Minas Gerais (11). O perfil das vítimas se mantém entre 18 e 39 anos, negras (72%) e moradoras da periferia. O número está subnotificado, segundo a Antra, não existem dados oficiais sobre a violência contra essa população no país.
Com 60% das mortes em locais públicos, a dose de crueldade com que essas vidas são interrompidas chama a atenção neste relatório, bem como as vítimas que fazem a luta diária em prol da comunidade trans, cinco dos homicídios foram contra ativistas.
Isto reflete que a luta trans é pelo direito da existência, no nome, no estudo, no mercado de trabalho, no lar e no amor.
A RMN-PR está em andamento com o projeto Esperança Garcia do qual está desenvolvendo um trabalho com rodas de conversa, atendimento jurídico e encaminhamento psicológico junto ao Grupo Esperança Construindo a Cidadania de Travestis, em Curitiba. Os encontros têm promovido a oportunidade de expressão, escuta, história, acolhimento e conhecimento sobre os direitos.
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