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I ENCONTRO NEGRAS JOVENS FEMINISTAS DA REGIÃO SUL

I ENCONTRO NEGRAS JOVENS FEMINISTAS DA REGIÃO SUL

“Não estamos sozinhas” foi o eco resultante da atividade

Neste final de semana aconteceu o I Encontro Negras Jovens Feministas da Região Sul, na sede da RMN-PR, em Curitiba. A atividade teve três dias de interação com as jovens e presença do fundo ONU Mulheres Brasil acompanhando e fazendo parte da programação. O foco era o estudo, o exercício e o conhecimento. Para além dos aprendizados, o encontro se formou numa rede de trocas, experiências, estratégias e ações para o futuro. 
O encontro debateu as temáticas da historiografia do movimento negro / mulheres negras e escrita de projetos; encerrou com uma reunião com a Articulação Nacional de Negras Jovens Feministas (ANJF) mobilizando para o 3° Encontro das Negras Jovens Feministas previsto para 2024. No domingo ainda houve reunião entre a coordenação da RMN-PR com a ONU Mulheres Brasil para o monitoramento do projeto em execução.
Às participantes, o encontro deixou como tarefa a criação de um planejamento de ação, apresentar propostas dos territórios que podem ser trabalhadas em conjunto, em rede. Na atividade, a coordenadora executiva da RMN-PR, Thais Souza, abriu o evento dizendo “façam as suas contribuições, tirem dúvidas… esse momento é para isso, pra gente trocar, aproveitar esses momentos presenciais, um momento tão esperado para quem ficou aí dois anos em pandemia”. 
Pensar a juventude negra é uma tarefa complexa que demanda tempo e muito trabalho, por isso o encontro analisou sobretudo a como fundamentar o discurso e acolhimento a fim de engajar mais jovens aos processos do ativismo. “As coisas que dão errado, a gente aprende”, disse a representante do estado de São Paulo na Articulação Nacional de Negras Jovens Feministas, Angela Brandão Mendes, identificando a necessidade da formação como ferramenta da garantia de novos jovens líderes. 
Mas como garantir a sustentabilidade institucional? O caminho do fortalecimento não parte somente da disposição em se articular, também depende da estrutura de espaço, pessoal, cultural e monetário, é aí que entra a importância e papel de projetos como o da ONU Mulheres, como explica Debora Albu, gerente de projetos na ONU Mulheres Brasil: “o financiamento e o apoio financeiro é algo que sustenta, é algo que traz sustentabilidade para processos e projetos como esse. Entender que essas articulações, uma vez que elas são formadas, precisam ser fortalecidas ao longo do tempo”.
O resultado do encontro é mais que aprendizado, como avalia a quilombola Jaqueline Aparecida dos Santos, “é uma experiência nova pra mim, eu nunca tinha participado de um encontro como este. Fui bem acolhida, as pesssoas com as mesmas lutas que as minhas. A gente não pode desistir de lutar e a gente também não pode deixar essa luta morrer”. 
 
Sucessão de jovens líderes - Para onde iremos?
O futuro está logo ali e o caminho é sempre para frente. “A gente pensa: “ah, elas são tão jovens…”, sim elas são jovens, mas também são corpos negros que estão ocupando e tendo vivências atravessadas por milhares de desafios que não são tão palpáveis e não são tão facilmente solucionáveis. É preciso ter muita atenção à subjetividade e à objetividade do que são essas limitações pra gente conseguir seguir”, diz Lis Veras Santos, assistente técnica do projeto Conectando Mulheres Defendendo Direitos, após o encontro sobre a maturidade das jovens e análise de futuro.
A garantia desse futuro é manter as trocas, como afirmou Jéssica Barcelos,"Esses encontros são importantes pra gente se enxergar. Às vezes é uma coisa tão distante as coisas on line, se colocam num lugar até de pedestal algumas pessoas e aí a gente chega aqui e é tudo tão acolhedor, tão incrível que a gente quer manter essa troca pro resto da vida. Tô muito feliz de estar aqui e espero que a ACMUN possa não só participar, mas também quem sabe até um dia proporcionar encontros como esses lá em Porto Alegre”. 
A juventude negra não está sozinha, segundo Janaina Santana, o evento deste final de semana ressaltou que “nós temos umas às outras para nos apoiar em pesquisa, na militância, na vida, no pagode ou em qualquer lugar”.
O resultado do encontro é mais que aprendizado, como avalia a quilombola Jaqueline Aparecida dos Santos, “é uma experiência nova pra mim, eu nunca tinha participado de um encontro como este. Fui bem acolhida, as pesssoas com as mesmas lutas que as minhas. A gente não pode desistir de lutar e a gente também não pode deixar essa luta morrer”. 
 
Sucessão de jovens líderes - Para onde iremos?
O futuro está logo ali e o caminho é sempre para frente. “A gente pensa: “ah, elas são tão jovens…”, sim elas são jovens, mas também são corpos negros que estão ocupando e tendo vivências atravessadas por milhares de desafios que não são tão palpáveis e não são tão facilmente solucionáveis. É preciso ter muita atenção à subjetividade e à objetividade do que são essas limitações pra gente conseguir seguir”, diz Lis Veras Santos, assistente técnica do projeto Conectando Mulheres Defendendo Direitos, após o encontro sobre a maturidade das jovens e análise de futuro.
A garantia desse futuro é manter as trocas, como afirmou Jéssica Barcelos,"Esses encontros são importantes pra gente se enxergar. Às vezes é uma coisa tão distante as coisas on line, se colocam num lugar até de pedestal algumas pessoas e aí a gente chega aqui e é tudo tão acolhedor, tão incrível que a gente quer manter essa troca pro resto da vida. Tô muito feliz de estar aqui e espero que a ACMUN possa não só participar, mas também quem sabe até um dia proporcionar encontros como esses lá em Porto Alegre”. 
A juventude negra não está sozinha, segundo Janaina Santana, o evento deste final de semana ressaltou que “nós temos umas às outras para nos apoiar em pesquisa, na militância, na vida, no pagode ou em qualquer lugar”.
 

 

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