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Thiago Menezes Flausino. Presente!

Thiago Menezes Flausino. Presente!

Thiago Menezes Flausino. Presente! 
A bala da necropolítica sempre encontra um corpo negro. Mesmo que este corpo seja de uma criança.  


Na Cidade de Deus a bala ceifou a vida de Thiago Menezes Flausino de apenas 13 anos em mais uma operação violenta contra a comunidade já denominada pelas autoridades como desastrosa, mas que na verdade só ressalta o que o Estado mantém como matéria-prima de quem vive e quem morre.  

Mais chocante que repudiar a morte violenta de uma criança é repudiar a maneira como Flausino foi executado, segundo testemunhas, ele se foi após um último tiro à queima roupa de um policial. Uma criança foi morta, porque correu em meio a um tiroteio. 

Ele poderia estar seguindo o seu sonho de ser jogador de futebol, mas virou estatística de um Estado que insiste em justificar que seu trabalho de segurança é contra o tráfico que nunca finda. Uma segurança autorizada a destruir a vida de várias famílias.  

Em 2022, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 6430 pessoas foram mortas em ações da polícia, 99,2% das vítimas eram do sexo masculino, 75% tinham entre 12 e 29 anos e 83,1% eram negros. Entre os mortos em ações policiais, a parcela de pessoas negras mortas foi ainda maior do que quando consideradas todas as mortes violentas, das quais os negros foram 76,4%. 

Não podemos naturalizar a morte da juventude negra.  

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