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III Seminário Pretas Acadêmicas: Pesquisadoras Pretas na Academia divulga resumos aprovados

III Seminário Pretas Acadêmicas: Pesquisadoras Pretas na Academia divulga resumos aprovados

III Seminário Pretas Acadêmicas: Pesquisadoras Pretas na Academia divulga resumos aprovados 
Conheça os GTs desta atividade 


O III Seminário Pretas Acadêmicas: Pesquisadoras Pretas na Academia divulgou os resumos aprovados para participação nos GTs. É possível acessá-los aqui. 

O seminário terá a sua abertura no dia 30 de junho, às 19h e discussões no dia 1 de julho. 

Abaixo a descrição de cada grupo de trabalho. 

GT 1 – Políticas Afirmativas na Educação e no trabalho: trajetórias e desdobramentos 

Coordenação: Judit Gomes da Silva (doutora em Antropologia/ UFPR), Carol Dartora (doutoranda em Educação/UTFPR- deputada federal) e Suelen Matos (doutoranda em Antropologia/UFPR) 

O GT busca apresentar e debater pesquisas que tratam das experiências de estudantes negras/os/es, egressas/os/es e concursadas/os/es que ingressaram na universidade, no serviço público e em outras relações empregatícias/de mercado mediadas por políticas afirmativas. 

GT 2 Culturas Afrodiaspóricas: música e literatura 

Coordenação: Profª Drª Juliana dos Santos Barbosa (UFPR) e Profª Drª Amanda Crispim Ferreira (UTFPR) 

Nos embates culturais assimétricos que historicamente marcaram a diáspora africana em terras brasileiras, o povo negro lançou mão de importantes estratégias de resistência. Neste GT pretendemos reunir pesquisas voltadas para manifestações culturais afrodiaspóricas, especialmente nos campos da música e da literatura, com o propósito de discutir como tais experiências atuam na elaboração de identidades, na construção de memórias e nas práticas de sociabilidade, constituindo um contraponto às práticas de violência – literais e simbólicas – vividas pelo povo negro no Brasil. 

GT 3 Práticas Antirracistas e as Políticas Públicas de Promoção de Igualdade racial no Brasil 

Coordenação: Profª Dra. Flavia Rodrigues de Lima Rocha (UFAC),  Profa. Ma. Andressa Queiroz ( doutoranda no Programa em Letras: linguagem e identidade, da Universidade Federal do Acre- PPGLI/UFAC) e Nathalia Savione (doutoranda em Gestão da Informação/UFPR) 

O GT busca discutir pesquisas, ações e experiências voltadas para o enfrentamento ao racismo, bem como para a implementação da política pública de promoção da igualdade racial no Brasil. É importante compreender como o racismo estrutura as relações sociais no Brasil e como ele se manifesta nas instituições e no cotidiano, mas também é fundamental compreender e expor as possibilidades de práticas antirracistas que podem ser desenvolvidas no cotidiano, nas instituições (desde as escolares, acadêmicas, como comerciais, dentre outras) e nas próprias relações sociais. O movimento negro, que segundo Gomes (2017) também é educador, tem promovido e compartilhado saberes e experiências antirracistas, tensionando, inclusive, políticas de promoção de igualdade racial no Brasil que tem promovido suporte e empoderamento para que a luta antirracista no Brasil se amplie e se fortaleça. E são as consequências destas ações que este GT propõe discutir e dar visibilidade. 

GT 4 Crianças e Interseccionalidade 

Coordenação: Profª Dra. Megg Rayara Gomes de Oliveira (PPGE/UFPR) e Profa. Ma. Izzie Madalena Santos Amancio (doutoranda em Educação/PPGE) 

Ao longo dos anos o campo dos Estudos da Infância vem ressignificando o seu olhar sobre a criança, e cada vez mais passa a compreensão de que o universo que envolve as infâncias demarca uma pluralidade de experiências e enquanto sujeitas sociais, as crianças são atravessadas por estruturas sociais e estão construindo seus pertencimentos identitários em meio a relações de poder. Neste sentido, o presente GT pretende reunir perspectivas, estratégias e políticas gestadas no interior dos movimentos sociais e acadêmicos sobre crianças, à luz do atravessamento de outras categorias sociais, sobretudo, gênero, raça, classe social, sexualidade, deficiência, territorialidade, dentre outros. 

GT 5 Saúde e Saberes Ancestrais em Saúde 

Coordenação: Dra. Alaerte Martins (USP) e doutoranda Juliana Mittelbach (ENSP/FIOCRUZ) 

O GT pretende reunir pesquisas acadêmicas que abordem a temática da saúde da população negra e relatos de experiências sobre práticas ancestrais de benzedeiras, parteiras, doulas e demais saberes tradicionais da cultura popular afro-brasileira. 

GT 6 Branquitude Crítica e a urgência das ações e debates antirracistas no Brasil 

Coordenação: Profª Dra. Andréa Kominek, Jussara Marques de Medeiros (Doutoranda em Educação/PPGE) e  Andressa Ignácio (Doutoranda em Tecnologia e Sociedade/UTFPR) 

O GT pretende discutir o mito da democracia racial, na história do pensamento brasileiro, mostrando como se estruturam as relações de Branquitude no Brasil e como se organizam as relações do racismo estrutural, a partir do racismo científico. Também tem como propósito apresentar o racismo epistêmico e como este vai se ordenando, a partir de uma visão hegemônica da produção de conhecimento europeu.  

GT 7 Aquilombando as Universidades: Construção e desconstrução de saberes a partir da com-vivência quilombola em espaços de ensino superior. 

Coordenação: Isabela Cruz (Mestranda em Sustentabilidade Junto a Povos e Territórios Tradicionais – MESPT/UNB), Edimara Soares (Doutora em Educação – UFPR) e Coletivo Joana de Andrade (Grupo de Pesquisa e Extensão/  UFPR); 

O GT “Aquilombando as Universidades” surge de provocações feitas nos espaços acadêmicos de ensino superior, e das vivências de pesquisadoras quilombolas neste espaço. A proposta é dialogar entre pesquisadoras quilombolas e pesquisadoras negras a respeito da convivência nesses espaços e pensar coletivamente propostas de como torná-las ainda mais acessíveis. Como tem sido a relação histórica e atual entre mulheres e comunidades quilombolas com as instituições de ensino superior e a produção acadêmica quilombola no dia a dia? Como podemos pensar o Bem Viver Quilombola dentro da academia? Quais os valores quilombolas que podemos trazer para estes espaços, a fim de potencializar ainda mais as pesquisas, e projetos dentro da universidade? Vamos conversar sobre isso?  

GT 8 –  Melanina: Pele, crespos e a corporeidade negra em movimento formativo dinâmico 

Coordenação: Profa. dra. Adriana Inês de Paula (Educação Física/UFPR), Profa. Ms. Neli Gomes da Rocha (Doutoranda em Educação-UFPR / Revista ABPN) 

O GT proposto tem como objetivo enxergar o corpo negro alinhado com a noção de “território de liberdade” Nascimento (1982) e do corpo como “um texto” Hall (2013) na relação do sujeito com o seu mundo da cultura nas movimentações e expressões da corporeidade a partir da diáspora transatlântica entre África e Brasil. Descolonizar corpos e mentes é um trabalho contínuo e dinâmico que exige criatividade e sensibilidade nos processos de ensino-aprendizagem.  

GT 9 Reforma do Ensino Médio e juventude negra 

Coordenação: Alexsandra Justinian, Michele Rodrigues de Lima e Tania Pacífico (doutoranda em Educação) 

Este GT objetiva reunir pesquisas que discutam a reforma do Ensino Médio. Tensionamento políticos têm interferido nas dinâmicas dessa organização, sem uma  consulta efetiva a base educacional, alunas/os e professoras/es. Discursos como empreendedorismo, projeto de vida, educação financeira, fazem parte de um currículo esvaziado de conteúdos e conhecimentos científicos. A juventude negra nesse processo é atingida e desconsiderada. 

GT 10 Pesquisadoras Negras, crianças e infâncias plurais 

Coordenação: Marlina Oliveira Schiessl (Doutoranda em Educação/UFPR) e Sara da Silva Pereira (Doutoranda em Educação/UFPR) 

A produção científica acerca das crianças e suas infâncias, a partir da produção de pesquisadoras negras, indígenas e periféricas é interesse central desse GT. Compreendendo o papel histórico dessas mulheres nos diferentes contextos sociais brasileiros, como a militância nos movimentos sociais, a atuação como professoras da educação básica, as experiencias como mãe, ou mulher mais velha frente à manutenção e ensinamentos dos saberes populares ou então como pensadoras feministas insurgentes  na tarefa política de pensar as crianças como sujeito de direitos em uma conjuntura onde  marcadores como gênero, raça, classe  social  e religião incidem diretamente na  forma como vivenciam as suas infâncias. Desse modo, busca-se nesse Grupo de Trabalho o reconhecimento acerca da multiplicidade como as crianças vivenciam suas infâncias e como as pesquisadoras negras têm depreendido isso em suas pesquisas. Espera-se ampliar o diálogo, tensionando e garantindo um amplo debate que traga reflexões para que todas as crianças, independente de classe, raça e gênero, vivenciem suas infâncias de forma plena, feliz, digna e com garantia de direitos. Assim, são aceitas pesquisas que discutam infâncias relacionadas ao racismo e seus efeitos na vida das crianças, educação das relações étnico-raciais e infâncias, escuta de crianças relacionadas à temática étnico-racial, gênero, sexualidade dentre outros. 

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