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24 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DE COMBATE À TUBERCULOSE 24 31/03 Semana Nacional de Mobilização e Luta Contra a Tuberculose

24 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DE COMBATE À TUBERCULOSE 24 31/03 Semana Nacional de Mobilização e Luta Contra a Tuberculose

Em 1982, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, na data de 24 de março, para homenagear os 100 anos da divulgação oficial do descobrimento do bacilo causador da doença, popularmente chamado de Koch, visto que o cientista chama-se Roberto Koch. 
A Tuberculose é uma doença infectocontagiosa curável, ou seja, de fácil e rápida transmissão e possui cura. Afeta principalmente pulmões, mas também pode acometer outros órgãos na sua forma extrapulmonar, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Importante lembrar que somente pode ser transmitida a sua forma pulmonar ou laríngea, e que sua propagação está associada, principalmente, às condições de vida da população. A transmissão ocorre a partir da inalação de aerossóis, gotículas muito pequenas, liberadas durante a fala, espirro ou tosse de pessoas com a presença do bacilo, de pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea).
Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs acabar com a TB enquanto um problema de saúde pública, diante de sua reemergência nas décadas precedentes, através da “Estratégia global e metas para prevenção, atenção e controle da tuberculose pós-2015”, cujo nome atual é Estratégia pelo Fim da Tuberculose, a qual teve como principal proponente o Brasil. A estratégia possui como visão “Um mundo livre da tuberculose: zero morte, zero casos novos e zero sofrimento devido à tuberculose” e tem como objetivo o fim da epidemia global da doença. As metas, para cumprimento em 2035, são reduzir o coeficiente de incidência em 90,0%, comparado com 2015 e reduzir o número de óbitos por tuberculose em 95,0%, comparado com 2015.
“Estima-se que, em 2020, a TB tenha acometido cerca de 9,9 milhões de pessoas no mundo, sendo responsável por 1,3 milhão de óbitos entre pessoas sem a infecção pelo HIV. Até 2019, a doença era a primeira causa de óbito por um único agente infeccioso, tendo sido, desde 2020, ultrapassada pela covid-19 (WHO, 2021).”
Em 2022, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pediu investimentos, ajuda, atenção e informação urgentes para combater a doença, pois a pandemia de COVID-19 reverteu o progresso feito contra uma das enfermidades infecciosas mais mortais do mundo.
No Brasil, a tuberculose é considerada um problema prioritário de saúde pública desde 2003. A cada ano são notificados, aproximadamente, 70 mil casos novos e ocorrem 4,5 mil mortes em decorrência da doença, tendo em vista a nova era para o controle da tuberculose. Desde 1996, existe o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, sendo que a estratégia de Tratamento Diretamente Observado (TDO) foi oficializada em 1999. Em 2017 foi publicado o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública, em 2021, um documento norteador para a segunda fase do plano. 
Segundo Boletim Epidemiológico publicado em 2022, a maior parte dos casos novos de TB pulmonar ocorreu em pessoas do sexo masculino, na faixa etária de 15 a 80 anos (acima de 80 anos também). Além disso, concentrou-se na população negra, distribuição que apresentou um crescimento ao longo dos anos, variando de 61,9% a 69,0%, entre 2012 e 2021. 
 

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