Notícia Completa

Nota de repúdio à chacina no RJ

Nota de repúdio à chacina no RJ

A Rede Mulheres Negras do Paraná repudia a chacina mais letal da história, ocorrida em 28 de outubro de 2025, no Rio de Janeiro.
São vidas. Antes de mais nada, são vidas.
Vidas negligenciadas, ceifadas a partir do endereço da cor.

Que política de segurança pública é essa que mira no finamento e não na prevenção? Expressão de uma política racista e genocida que estrutura as mazelas do estado brasileiro. Este extermínio não tem a ver com a segurança do povo, ou ao combate às drogas, mas na afirmação do controle social de quem vive e quem morre.

Enquanto cidadãos, há de se perguntar: por que legitimar e normalizar o caos da imagem de corpos sem vida perfilados ao chão? Por que deixar que crianças estejam sem escola, sem posto de saúde, sem comida e pior sem família? Por que seguimos com o dia de hoje sem parar?

Nas tragédias gregas, é comum que os homens que desafiam os Deuses sejam punidos com castigos que se repetem infinitamente. Nas tragédias brasileiras, são os dias que se repetem. Mas o que é uma tragédia? As nossas são agendadas.

É nefasto afirmar que na favela só há bandido. Essa estratégia é usada para justificar o injustificável que é a necropolítica, celebrada por pessoas que se autodeclaram do bem - aquele BEM que se converte no português em mal.

Todos nós temos direito à vida com dignidade, bem como ao julgamento fazendo-se cumprir a lei. Se falhamos nesta premissa, todo o entorno social falha em conjunto porque só sobra a barbárie.

Exigimos a responsabilização e respostas à sociedade civil de como se deu o planejamento desta operação e se dará as investigações, dando conta inclusive dos desaparecidos, dos feridos e das prisões realizadas.

Mais uma vez, Mães, Irmãs e Filhas estão chorando, não iremos seguir caladas.

O luto é coletivo, assim como a luta!

A Rede Mulheres Negras do Paraná repudia a chacina mais letal da história, ocorrida em 28 de outubro de 2025, no Rio de Janeiro.
São vidas. Antes de mais nada, são vidas.
Vidas negligenciadas, ceifadas a partir do endereço da cor.

Que política de segurança pública é essa que mira no finamento e não na prevenção? Expressão de uma política racista e genocida que estrutura as mazelas do estado brasileiro. Este extermínio não tem a ver com a segurança do povo, ou ao combate às drogas, mas na afirmação do controle social de quem vive e quem morre.

Enquanto cidadãos, há de se perguntar: por que legitimar e normalizar o caos da imagem de corpos sem vida perfilados ao chão? Por que deixar que crianças estejam sem escola, sem posto de saúde, sem comida e pior sem família? Por que seguimos com o dia de hoje sem parar?

Nas tragédias gregas, é comum que os homens que desafiam os Deuses sejam punidos com castigos que se repetem infinitamente. Nas tragédias brasileiras, são os dias que se repetem. Mas o que é uma tragédia? As nossas são agendadas.

É nefasto afirmar que na favela só há bandido. Essa estratégia é usada para justificar o injustificável que é a necropolítica, celebrada por pessoas que se autodeclaram do bem - aquele BEM que se converte no português em mal.

Todos nós temos direito à vida com dignidade, bem como ao julgamento fazendo-se cumprir a lei. Se falhamos nesta premissa, todo o entorno social falha em conjunto porque só sobra a barbárie.

Exigimos a responsabilização e respostas à sociedade civil de como se deu o planejamento desta operação e se dará as investigações, dando conta inclusive dos desaparecidos, dos feridos e das prisões realizadas.

Mais uma vez, Mães, Irmãs e Filhas estão chorando, não iremos seguir caladas.

O luto é coletivo, assim como a luta!

Comentar esta Postagem